Turismo acessível

Melhores destinos no Brasil e o mundo 

O turismo acessível é um fator de alta relevância para o desenvolvimento de um país, trazendo vantagens econômicas e sociais para a nação.

Porém, a mobilidade urbana eficiente ainda é um dos desafios que o Brasil enfrenta, tanto em termos gerais quanto aos relacionados ao transporte para deficientes.

Algumas cidades brasileiras de grande potencial turístico, percebendo o problema, resolveram investir na acessibilidade urbana para os deficientes de uma forma mais ampla.

Seja por iniciativa pública ou mesmo a partir de parcerias público-privadas, essas cidades mostram que a boa vontade e a empatia são os princípios para garantir a democracia e o livre acesso dos deficientes a qualquer atividade e lugares que quiserem ir.

Entenda mais sobre o turismo acessível e confira quais são os destinos que são referências nesse quesito!

Turismo acessível: o que é?

Fonte: Pixabay

O conceito de turismo acessível envolve a inclusão de pessoas portadoras de deficiências ou limitações físicas e mentais em atividades turísticas, promovendo fácil acesso à lugares e estabelecimentos.

No que se refere à administração pública, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) estabelece as normas e diretrizes que devem ser seguidas para a adaptação de pontos, como monumentos, parques e museus.

Quando falamos em deficiências e limitações, está incluso nesse público qualquer pessoa que possua dificuldades motoras, mentais, auditivas e visuais, mas também grávidas, obesos e idosos, que necessitam de maior suporte para o deslocamento.

Para promover um ambiente próprio para acessibilidade e inclusão no turismo, é necessário ter alguns pontos como prioridade. Um deles são os desníveis nas entradas, que devem ser reduzidos, e a disponibilidade de rampas e elevadores.

Pisos de pedras em áreas exteriores e o uso de carpetes nos quartos também são considerados fatores que dificultam a movimentação de pessoas com limitações físicas.

A organização de móveis e a disposição do banheiro também devem ser pensadas levando em mente a facilidade que o hóspede deficiente terá ao utilizar os utensílios.

Outro ponto importantíssimo é o treinamento adequado da equipe de funcionários do estabelecimento. O staff deve estar devidamente preparado para conseguir se comunicar em Libras, por exemplo, e dispor toalhas e lençóis de forma que sejam facilmente alcançáveis.
Garanta respaldo e proteção durante suas viagens!

Seguro Viagem: Seguros Internacionais

Independente do seu destino ou perfil de turista, o seguro viagem é um serviço de suma importância para assegurar o cuidado adequado ao viajante.

Não é incomum passarmos por imprevistos como voos atrasados ou cancelados, bagagens extraviadas e perda de documentos durante uma viagem, além das dificuldades que podem aparecer em relação à problemas de saúde.

Viaje com a certeza e a tranquilidade de estar devidamente respaldado durante todo o percurso!

Turismo acessível na Europa

À primeira vista, fazer uma viagem para o exterior pode parecer ser um verdadeiro desafio para turistas que possuam deficiências ou limitações físicas.

Entretanto, a acessibilidade na Europa pode ser considerada como um ponto forte, já que o continente se destaca na mobilidade urbana.

Cidades como Milão, Breda e Lyon já foram ganhadoras do Prêmio Europeu de Cidades Acessíveis pelos seus esforços e melhorias no que envolve o turismo acessível.

Veja como funciona a acessibilidade nas cidades de um dos países mais visitados por brasileiros na Europa: Portugal!

Turismo acessível em Portugal

Em 2019, Portugal foi considerado o primeiro destino turístico acessível do mundo, prêmio concedido pela OMT (Organização Mundial de Turismo). Tal título é um grande reconhecimento sobre a prioridade que o país tem apresentado na inclusão turística.

A infraestrutura adaptada já pode ser vista logo no desembarque, nos aeroportos portugueses. Todos possuem banheiros ajustados e também oferecem transfers para os viajantes que tenham necessidades especiais.

Caso necessário, o viajante pode solicitar ainda o serviço MyWay, que oferece assistência personalizada para passageiros que possuam dificuldades de locomoção. O serviço deve ser solicitado à companhia aérea com até 48 horas de antecedência do voo.

Ao fazer sua viagem para Portugal, turistas cadeirantes terão uma boa notícia ao visitar algumas das suas belas praias.

No país, 208 zonas balneares são consideradas acessíveis para pessoas com dificuldades de mobilidade, sendo sinalizadas com uma bandeira branca, azul e amarela, levando o símbolo do galardão “Praia Acessível”.

Esses locais têm vagas de estacionamento reservadas, banheiros sanitários adaptados, acessos facilitados e também podem oferecer cadeiras anfíbias, para que o turista possa se banhar no mar.

O turismo acessível em Lisboa também está presente: na capital, grande parte das estações são apropriadas para cadeirantes, além de dispor de bons hotéis com instalações adequadas.

Já o turismo acessível em Guimarães é marcado pela boa conservação dos pavimentos, que facilitam a locomoção, e pelos pontos de interesse que podem ser facilmente alcançados.

Alguns dos principais locais que facilitam a entrada de cadeirantes são a Plataforma das Artes e Criatividade, o Largo do Toural e o Paço dos Duques de Bragança.

Turismo acessível no Brasil

Segundo dados de 2010, o IBGE constata cerca de 6,7% de pessoas com deficiência no Brasil.

Para atender essa população, muitos avanços são considerados significativos, como a inclusão nas escolas e a criação de leis que regulamentam o ensino e a mediação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) na Educação Básica e no Ensino Superior.

Em quesitos de acessibilidade e turismo, é possível fazer uma viagem pelo Brasil e encontrar alguns bons exemplos de cidades que conseguiram trabalhar aspectos positivos para incentivar o crescimento da atividade econômica.

Veja a lista dos principais destinos no Brasil para conhecer e transitar com mais facilidade!

Rio de Janeiro

A Cidade Maravilhosa já tem boa parte do núcleo urbano com itens de acessibilidade, como rampas de acesso para deficientes físicos ou pessoas com dificuldades de locomoção.

Desde as Olimpíadas 2016, o projeto de acessibilidade carioca incluiu 4.000m² de calçadas acessíveis e 5.831m² de pavimento em concreto nos acessos a pontos turísticos como o Pão de Açúcar, Praça XV, Corcovado, Praia da Barra da Tijuca e Jardim Botânico.

Há outros pontos com acessibilidade nos próprios lugares, como o Sambódromo, Porto Maravilha e algumas praias da Zona Oeste. Então, o que você está esperando para fazer um passeio no Rio de Janeiro? Ele continua lindo, esperando por sua visita!

São Paulo

É sempre lindo andar na cidade de São Paulo, mas para os cadeirantes, as calçadas e as ruas são os principais obstáculos que impedem a mobilidade na capital paulista.

Ainda assim, a Terra da Garoa é um mundo de oportunidades, e muitas atrações oferecem mais condições de acesso ao público que possui algum fator que restrinja a locomoção ou a compreensão.

A Biblioteca Mário de Andrade possui intérprete de Libras, e disponibiliza acervo em braile e áudio. Já o Theatro Municipal oferece à pessoa cega materiais táteis e olfativos sobre a história do teatro, e o acesso para cadeirantes é feito por uma plataforma.

Há também a Galeria do Rock, que possui rampas e elevadores para facilitar o acesso. Visite ainda o Terraço Itália, com seu restaurante panorâmico.

Não deixe de incluir a Sala São Paulo, um dos mais sofisticados espaços de música erudita do Brasil.

O local disponibiliza acervo nos formatos digital, braille e áudio, além de profissionais guias-vidente, intérpretes de Libras e especializados no atendimento ao público com deficiência intelectual.

A entrada é acessível, os banheiros são adaptados e os lugares podem ser reservados.

Bonito

A cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, é um importante polo de ecoturismo, com paisagens naturais estonteantes e as águas mais límpidas do país, com muitas grutas, cachoeiras, rios, cachoeiras e dolinas.

O destino tem muita preocupação com o acesso responsável aos deficientes físicos. As agências de turismo locais incentivam a constante capacitação de seu pessoal para atender à crescente demanda por passeios como flutuação, descida de bote e pesca esportiva.

Vale a pena conhecer o Aquário Natural de Bonito, o Pantanal mato-grossense, o Rio da Prata e o Buraco das Araras. O lugar é lindo de se ver e conhecer!

Balneário Camboriú

Balneário Camboriú é uma cidade projetada para o turismo e tem muitos pontos turísticos acessíveis.

São lugares que proporcionam segurança e bem-estar, como o Cristo Luz, que tem elevadores e rampas de acesso, e o Parque Unipraias, com bondinhos adaptados, além de elevadores e rampas em todas as estações.

Há ainda as praias, que contam com equipes de voluntários prontos a auxiliar os cadeirantes com cadeiras anfíbias, próprias para um banho de mar.

Além disso, os hotéis de Balneário Camburiú oferecem comodidades adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida, como rampas, barras nos banheiros e elevadores em quartos amplos e espaçosos.

Gramado

Fazer turismo em Gramado pode ser uma excelente escolha para o deficiente físico. A cidade turística foi justamente projetada para atender a todos os visitantes.

A grande maioria das atrações conta com acessibilidade, tal como rampas de acesso, elevadores, barras de segurança e voluntários para auxiliar nas atividades.

Os hotéis de Gramado oferecem estrutura confortável e disponível para todos os públicos, tais como quartos amplos e com pisos antiderrapantes.

Quanto aos pontos turísticos, a Igreja de São Pedro tem rampas de acesso, e o Lago Negro tem um largo calçadão para que os visitantes possam transitar livremente.
Há também o Palácio dos Festivais, que tem cinema acessível. Além disso, alguns pontos oferecem banheiros e meios de transportes adaptados.

Recife

Uma viagem a Recife pode mostrar como o respeito aos cegos e deficientes físicos é levado a sério por lá: o Bairro do Recife e a Torre Malakoff, uma construção histórica, possuem melhorias de acessibilidade para pessoas com necessidades específicas.

O prédio ganhou sinalização acessível (alarme sonoro) e o bairro conta com um mapa tátil urbano. Os dados são acessíveis para cegos e pessoas com baixa acuidade visual, seguindo as normas da ABNT.

O mapa está instalado na Casa da Cultura. O projeto conta ainda com áudio-descrição e intérprete de Libras, e além disso, a Casa da Cultura possui piso tátil e banheiros adaptados.

Porto de Galinhas

Os hotéis em Porto de Galinhas são conhecidos por sua excelência e bem-estar: não há quem não curta o alto astral das acomodações cinco estrelas da cidade. A mais simples pousada é um encanto para os olhos e um aconchego para descansar.

E quem é portador de necessidades especiais não precisa ficar de fora das atividades: a cidade conta com jangadas adaptadas que levam os visitantes nas piscinas naturais de águas claras e mornas, que ficam afastadas da costa.

As jangadas são muito confortáveis, e os visitantes podem ficar sentados para apreciar as paisagens paradisíacas. Dessa forma, os turistas encontrarão menos restrições para aproveitar o que fazer em Porto de Galinhas.

Distrito da cidade de Ipojuca, o turismo acessível em Porto de Galinhas é garantido pela EMPETUR (Empresa de Turismo de Pernambuco) e pela ONG Rodas da Liberdade, que compartilha cadeiras anfíbias em toda a orla.

Socorro

O turismo acessível em Socorro é referência internacional. O município recebeu em 2017 o diploma “Destaque de Honra – Gestão Municipal”, sendo reconhecido pelos planejamentos de acessibilidade para indivíduos com deficiência ou mobilidade reduzida.

Ao visitar os pontos turísticos locais, os turistas contarão com sinalizações táteis, rampas, barras e elevadores. Fiscalizações também são feitas para averiguar se as rampas presentes nos estabelecimentos seguem as diretrizes das normas de segurança.

O ponto alto fica para a hospitalidade: os hotéis de Socorro possuem infraestrutura completa para atender aos hóspedes com limitações físicas, e até mesmo os esportes de aventura estão disponíveis para esse público.

Algumas das atividades disponíveis são os passeios de tirolesa, barco, bicicleta, triciclos, quadriciclos, charrete e a cavalo, além de rafting, rapel e arvorismo. 

Florianópolis

Fonte: Pixabay

O transporte público de Florianópolis garante alguns pontos em gestão de acessibilidade e turismo na capital de Santa Catarina. A maior parte dos veículos contam com cadeiras especiais, botões de parada a fácil alcance, corredores largos e elevadores.

Os pontos turísticos da cidade também são locais adaptados para deficientes. As famosas praias possuem travessias, passarelas e banheiros ajustados, além de disponibilizarem cadeiras para banho e supervisão de guarda-vidas.

O Água Show Park e o Barco Pérola Negra, que estão entre os lugares para incluir no roteiro do que fazer em Florianópolis, também são excelentes opções para turistas com mobilidade reduzida.

Além disso, a rede hoteleira da cidade oferece estruturas adaptadas para deficientes, com quartos e banheiros apropriados, assim como elevadores e rampas.

St. Tropez, litoral francês

Em plena Côte D’Azur, St. Tropez é uma das cidades mais badaladas da Riviera Francesa, reduto da elite europeia durante o verão.

Queridinha entre celebridades, a cidade conserva boa parte de sua história em seus becos e ruas estreitas, por onde pululam cafés charmosos e restaurantes requintados, com as belas praias do Mediterrâneo ao fundo.

O cenário fica completo com iates de luxo cruzando o mar, casas noturnas e boates badaladas, casinhas coloridas nas redondezas do velho porto da cidade e muito champanhe!

O que fazer, quando ir e como aproveitar a Riviera Francesa

St. Tropez, França, é o mais popular destino da Riviera Francesa, com uma fama que já dura desde meados da década de 1950.

O divisor de águas foi o fato de a cidade passar a ser frequentada naquele período por ninguém menos que Brigitte Bardot, um dos maiores ícones do cinema francês.

Desde então, a fama pegou e Saint Tropez se tornou um badalado destino de veraneio entre ricos e famosos, que invadem a região no meio do ano.

Reunimos tudo o que você precisa saber sobre a cidade, com dicas imperdíveis para aproveitar mais a Côte D’Azur e os principais pontos turísticos. Vamos lá!

Onde fica St. Tropez?

Fonte: Pixabay

A cidade de Saint Tropez fica no sul da França, quase na fronteira com a Itália, em uma região conhecida como Côte D’Azur (ou “Costa Azul”) — ou, simplesmente, Riviera Francesa.

A região é repleta de cidades com grande potencial turístico e muito charme, como Mônaco e Cannes, famosas pelo requinte e sofisticação.

A cidade fica a mais de 880 km de distância da capital, Paris, e a cerca de 110 km de Nice.

Quando ir à St. Tropez?

Localizada às margens do Mar Mediterrâneo, St. Tropez tem um clima agradável durante o ano inteiro, com invernos amenos para os padrões europeus.

Ou seja, você não terá problemas com o clima em nenhuma estação para conhecer a região.

Durante o verão a temperatura chega a mais de 30°C, enquanto no inverno a mínima é de 10°C, já que a região está protegida dos ventos gelados que cortam o norte da Europa.

Não restam dúvidas de que a melhor época para curtir a cidade é o verão, entre junho e agosto, quando as temperaturas disparam e Saint Tropez é invadida por milhares de turistas de toda a Europa e de outras partes do mundo.

Se você quer evitar o auge da temporada turística (e seus preços elevados), a melhor alternativa é viajar entre abril e maio ou no mês de setembro.

Nesses períodos, as temperaturas continuam favoráveis para curtir a praia, enquanto hotéis e pontos turísticos ainda não estão com lotação máxima — e os preços, em geral, estão bem mais baixos.

Seguro viagem para aproveitar a França
Seguro Viagem: Europa

O primeiro passo para começar a planejar a sua viagem para Saint Tropez é contratar um seguro viagem com cobertura mínima no valor de 30 mil euros, um requisito obrigatório para quem viaja à França.

Além de ser uma exigência para visitar o Espaço de Schengen, o seguro viagem é importantíssimo para o viajante, pois oferece uma série de coberturas, serviços e benefícios que podem garantir o sucesso da sua viagem e o seu sossego.

Com um investimento a partir de R$ 20 por dia, você garante cobertura médica e odontológica, seguro bagagem, auxílio por cancelamento ou atraso de voo e muito mais.

É possível comparar até quatro planos por vez, facilitando a tarefa de encontrar o melhor preço e o melhor plano para a sua viagem.

St. Tropez: turismo

Uma das cidades mais concorridas do verão francês, não faltam opções turísticas em St. Tropez.

Você pode trombar com celebridades na badalada Nikki Beach ou curtir a noite em uma das casas noturnas na praia Pampelonne, cenário de “E Deus Criou a Mulher”, clássico do cinema francês protagonizado por Brigitte Bardot.

Veja o que fazer em Saint Tropez, França!

Musée de I’Annonciade

O Musée de I’Annonciade é um dos principais museus de arte da Côte D’Azur, com um grande acervo de arte moderna, incluindo obras de Matisse, Kandinsky, Modigliani e outros artistas de renome mundial.

O museu funciona em uma antiga capela, construída no século XVI, e apresenta obras dos mais renomados artistas plásticos da região da Provença, como Signac, Bonnard e Braque.

O Musée de I’Annonciade funciona de terça a domingo, de 10h às 18h, e o ingresso custa € 6. Crianças entre menores de 12 anos têm entrada franca.
Cidadela e Museu Marítimo

Fonte: Unsplash

Um dos pontos turísticos mais interessantes da cidade é La Citadelle, ou Cidadela, uma antiga fortaleza medieval, construída no século XVI.

O forte servia para proteger a cidade de ataques estrangeiros e marcar a presença do governo francês na região, que sempre viu nos moradores da Côte D’Azur um grande potencial para levantes e revoltas.

A construção fica no topo de um morro, tendo-se tornado um importante mirante com vista em 360 graus para a cidade e o Mar Mediterrâneo.

Dentro da Cidadela funciona o Museu Marítimo, que conta a história da navegação no país por meio de exposições náuticas.

Porto de Saint Tropez

Um dos lugares mais glamurosos de St. Tropez é o porto da cidade, chamado de Vieux-Port, ou Porto Velho. Apesar do nome, é ali que estão os barcos mais modernos e os iates mais luxuosos da Riviera Francesa.

A região é bastante charmosa, com lojinhas de artesanato, restaurantes e cafés encantadores com vista para o mar.

Fica no Vieux-Port o Centro de Informações Turísticas da cidade, com diversos mapas e informativos à disposição dos visitantes. Também é dali que partem os barcos que levam para passeios.
Centro Histórico

Fonte: Pixabay

O centro histórico de Saint Tropez, ou Vieille Ville, é repleto de ruas estreitas, becos feitos de pedra, cafés, ateliês e lojinhas muito floridas, chamando a atenção de quem passa por ali.

Como não é permitido o trânsito de carros na maior parte das ruas, os visitantes podem caminhar sem pressa e sem medo de se perder para fotografar cada cantinho.

Não deixe de visitar a simpática Place des Lices, principal praça da cidade, endereço de cafés, restaurantes e bistrôs cheios de charme!

Praias de Saint Tropez, França

O principal atrativo de toda a Riviera Francesa são as belíssimas praias banhadas pelas águas azul-esverdeadas do Mar Mediterrâneo.

Confira as mais badaladas praias de Saint Tropez, França!
Pampelonne

Imortalizada no filme “E Deus criou a mulher”, a praia de Pampelonne é uma das mais famosas de St. Tropez, com várias casas noturnas e boates, a cerca de 3 km do centro histórico.

Durante o verão, clubes famosos como o Le Club 55 e o Nikki organizam festas badaladas que começam no fim de tarde e atravessam a noite, atraindo milionários e celebridades do mundo inteiro.

Para curtir a água verde-esmeralda bem refrescante, diversos iates se deslocam para Pampelonne na estação mais quente do ano, criando uma linha de barcos luxuosos no horizonte.

A faixa de areia não é muito extensa, mas é possível encontrar duchas gratuitas e lanchonetes com preços mais moderados entre os principais clubes.

Tahiti

Fonte: Unsplash

Seguindo a praia de Pampelonne você chega à praia de Tahiti, que se caracteriza pela excelente infraestrutura, com comércio ainda mais caprichado e exclusivo.

A faixa de areia é mais ampla, mas não espere a areia fininha que encontramos nas praias caribenhas: a areia do Mediterrâneo é bem mais grossa e pesada, parecendo mais pequenas pedrinhas do que grãos de areia.

Se você prefere praias mais tranquilas, vai gostar mais da Tahiti do que de Pampelonne: longe dos principais quiosques e clubes, é possível desfrutar de um dia de praia bem sossegado por ali.
Escalet

A praia L’Escalet é a mais parecida com as praias do Nordeste brasileiro, com imensas piscinas naturais de água cristalina e refrescante.

Praticamente intocada, a praia não tem a mesma infraestrutura que Pampelonne ou Tahiti, mas compensa pela paisagem paradisíaca, quase selvagem.

A praia L’Escalet ainda é o ponto de partida de diversas trilhas que levam a outras praias selvagens da região, incluindo espaços dedicados ao naturismo.
St. Tropez: o que fazer em 1 dia?

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É muito comum que os turistas incluam este destino turístico como um passeio de bate-volta a partir de Nice, que fica a cerca de 1 hora de distância. Mas, afinal, o que fazer em Saint Tropez em um dia?

Para começar, não se preocupe: é perfeitamente possível conhecer as principais atrações turísticas e praias da cidade em um roteiro de 24 horas.

Se você estiver viajando de carro, pode deixar o veículo em um dos estacionamentos (pagos) na entrada da cidade e caminhar até o compacto centro histórico.

Uma boa dica é fazer o trajeto até o centro pela rua François Sibilli, um dos principais redutos para compras na cidade, com diversas lojas luxuosas das principais grifes do mundo, como Dior, Valentino, Dolce & Gabbana, entre outras.

A partir do centro é possível chegar até os principais pontos turísticos locais, como o charmoso porto da cidade, o Vieux-Port, e a Cidadela, no ponto mais alto de Saint Tropez.

Aproveite para experimentar a culinária local em um dos muitos restaurantes no centro e nas redondezas do porto, com opções para todos os gostos e bolsos.

Depois do almoço, a melhor pedida é espantar o calor do verão europeu em uma das boas praias da cidade. Recomendamos a Pampelonne seguida da Tahiti, já que ficam bem próximas uma da outra, facilitando o deslocamento dos banhistas.

No fim do dia, a região do porto é a melhor opção para quem quer degustar um bom vinho francês e se jogar na gastronomia mediterrânea, com pratos requintados que podem chegar a três dígitos.

Se à noite você ainda estiver na cidade, não deixe de conhecer um dos badalados clubes noturnos ou boates à beira-mar!

Como ir de Nice à St. Tropez?

Nice é a principal cidade turística francesa nas proximidades de St. Tropez, a cerca de 110 km de distância, ou 1h30 de carro.

O trajeto pode ser feito de pelo menos quatro maneiras diferentes: trem, carro (ou táxi), ônibus e barcos.

Você precisará de umas doses extras de paciência se estiver viajando de carro durante o auge da temporada turística, entre julho e agosto: nesse período, as estradas que levam até a cidade ficam abarrotadas de veículos de toda a Europa.

Uma boa alternativa pode ser o trem — o trajeto dura 1h30 até a estação de Saint Raphael, a 40 km de distância. A partir da estação é possível concluir o percurso de carro, táxi ou ônibus.

Muitos barcos também oferecem passeios entre Nice e Saint Tropez, principalmente durante o verão, rendendo ao visitante mais um eficiente modal de transporte, com todo o charme que apenas o Mediterrâneo pode oferecer.

Qual a distância de Saint Tropez à Paris?

A distância de St. Tropez a Paris é extensa, com mais de 870 km, o que rende, no mínimo, nove horas na estrada de carro ou ônibus.

Por isso, a melhor alternativa de transporte é aérea: vários voos partem do aeroporto de Paris rumo ao aeroporto de Nice ou Marselha, os maiores da Riviera Francesa, garantindo rapidez no percurso.

Se você prefere fazer uma tradicional viagem ferroviária pelas cidades da França, também é possível pegar um dos trens de alta velocidade na Estação Ferroviária de Paris rumo à estação de St Raphael, a 40 km de Saint Tropez.

Eleita Melhor Vinícola do Mundo, conheça Zuccardi em Mendonza

Pelo segundo ano consecutivo a bodega do Valle de Uco domina o pódio da premiação. Veja a lista com as 50 vinícolas que compõem o ranking



Tecnologia, cenário, degustação e alta gastronomia alçaram a Zuccardi ao pódio mais uma vez (Vinícola Zuccardi/Reprodução)

O prêmio World’s Best Vineyards 2020 elegeu pela segunda vez consecutiva a argentina Zuccardi Valle de Uco como a Melhor Vinícola do Mundo, de uma lista com cinquenta estabelecimentos. O anúncio foi feito em julho. O ranking foi elaborado por mais de 500 jurados (experts em vinho, sommeliers e jornalistas de turismo de diferentes nacionalidades), que levaram em consideração não somente a qualidade dos rótulos da vinícola, mas o conjunto da obra: os tours, a infraestrutura, a gastronomia, a degustação, o local, a vista – tudo o que contribui para a experiência do visitante.

A Zuccardi se destaca em vários destes quesitos. Em primeiro lugar, por sua localização: ela está aos pés da Cordilheira dos Andes, no Vale do Uco, a mais de mil metros acima do nível do mar e com uma vista incrível para as montanhas. Outro trunfo: está a cerca de 100 quilômetros de Mendoza, uma meca dos adoradores de vinhos.

Um dos maiores charmes da Zuccardi Vale de Ulco certamente é a localização, perto dos Andes (Vinícola Zuccardi/Reprodução)

A arquitetura da vinícola é outro motivo de deslumbramento. De estilo modernista, a construção é toda feita de pedras naturais da região e concreto, como homenagem ao cenário montanhoso, e assume uma postura imponente ao redor dos vinhedos e da cordilheira. Na bodega, nada de barricas de madeira ou inox – o vinho é armazenado em grandes tanques de concreto!

O cenário montanhoso ao redor dos vinhedos serviu de inspiração para a arquitetura da Zuccardi, toda feita com pedras da região
 

Nada de barricas: os vinhos da Zuccardi são armazenados em tanques de concreto

Na vinícola, o restaurante “Piedra Infinita” (que, como seu próprio nome bem diz, também é feito todo de pedras), serve um menu degustação de quatro etapas, com produtos sazonais da região e harmonizados com os vinhos da casa. O bônus são os janelões de vidro, que garantem um ângulo privilegiado das montanhas e vinhas. Como o World’s Best Vineyards definiu, a Zuccardi Vale de Uco é uma joia dos Andes, com uma das experiências “mais deslumbrantes do mundo” e um “conjunto memorável e perfeito”. As reservas são feitas online

 

Restaurante Piedra Infinita, com vista privilegiada para a Cordilheira dos Andes

A Família Zuccardi possui outras vinícolas pela região de Mendoza, como a famosa unidade de Maipú, a Casa del Visitante. Além das atividades clássicas, os turistas podem percorrer os vinhedos de bicicleta, a bordo de carros antigos e até mesmo de balão. Por lá, também são oferecidas cursos de culinária, aulas de como fazer azeite de oliva e também de degustação.
 

Na Casa del Visitante, outra bodega dos Zuccardi, você pode sobrevoar as vinhas a bordo de um balão

 

Nem só de vinhos vive a Zuccardi: a degustação de azeites também é muito procurada

O que os leitores da VT têm a dizer sobre as vinícolas Zuccardi

“Lugar fantástico e arquitetura maravilhosa. Fomos apenas para passeio e degustação e nos apaixonamos pelos vinhos: Emma Zuccardi e José Zuccardi! Já quero voltar!”

“Degustação de azeites muito boa!”

“Lugar maravilhoso, almoço harmonizado delicioso em um restaurante com bastante verde! Na nossa viagem, foi o ponto alto”

“O almoço harmonizado é delicioso!”

“Belíssima vista, almoço e degustação fantásticos. Lugar lindo!”

“Estive lá faz alguns anos e foi uma bela experiência: lindo passeio, ótimo almoço e vinhos maravilhosos.”

“Vinícola fantástica com o melhor restaurante, o Piedra Infinita.”

World’s Best Vineyards 2020

O ranking foi elaborado pelos mesmos idealizadores do World’s 50 Best Restaurants, considerado o Oscar da Gastronomia. Em sua segunda edição, em 2020, a lista premiou 50 vinícolas de 18 países diferentes – inclusive alguns pouco conhecidos por sua produção de vinho, como Índia, Bulgária e Japão, como forma de inspirar viajantes a explorar novas regiões.
A América do Sul não apenas levou o primeiro lugar (pela segunda vez consecutiva), como também se consagrou como a melhor região do mundo para o enoturismo, com 11 vinícolas no top 50. Entre os destaques, a uruguaia Bodega Garzón ficou na segunda posição e as chilenas Montes e VIK ficaram em 4º e 10º lugar, respectivamente. Nenhuma vinícola brasileira entrou na lista.
 

A Bodega Garzón, do Uruguai, ficou em segundo lugar no ranking mundial

A austríaca Domäne Wachau foi eleita a Melhor Vinícola da Europa e ocupa a terceira posição do ranking mundial. No top 10, são cinco estabelecimentos europeus: Bodegas de los Herederos del Marqués de Riscal (Espanha, em 6º lugar; projeto icônico do arquiteto Frank Gehry, que projetou o Museu de Bilbao), Château Smith Haut Lafitte (França, 7º lugar), Quinta do Crasto (Portugal, 8º lugar) e Antinori nel Chianti Classico (Itália, na 10ª posição).

Na região do Danúbio e com adegas com mais de três séculos de existência, a austríaca Domäne Wachau é a terceira melhor do mundo em 2020

Todos os cantos do mundo apareceram no top 50. Os Estados Unidos conquistaram o título de 5ª melhor vinícola do mundo com a Robert Mondavi Winery, da famosa região de Napa Valley. Já a neozelandesa Rippon (13ª posição), a sul-africana Delaire Graff Estate (14ª) e a japonesa Château Mercian Mariko Winery (30º lugar, em sua primeira aparição no ranking) foram os destaques de seus continentes.

Confira o top 50 a seguir:
Zuccardi Valle de Uco (Argentina)
Bodega Garzón (Uruguai)
Domäne Wachau (Aústria)
Montes (Chile)
Robert Mondavi Winery (Estados Unidos)
Marqués de Riscal (Espanha)
Château Smith Haut Lafitte (França)
Quinta do Crasto (Portugal)
Antinori nel Chianti Classico (Itália)
Viña Vik (Chile)
Catena Zapata (Argentina)
Schloss Johannisburg (Alemanha)
Rippon (Nova Zelândia)
Delaire Graff Estate (África do Sul)
Weingut Dr. Loosen (Alemanha)
Ridge Vineyards, Monte Bello (Estados Unidos)
Craggy Range (Nova Zelândia)
Gonzalez Byass — Bodegas Tio Pepe (Espanha)
Château Pichon Baron (França)
Opus One Winery (Estados Unidos)
Ceretto (Itália)
Château Margaux (França)
Bodegas Salentein (Argentina)
Penfolds (Austrália)
Henschke (Austrália)
Bodega Bouza (Uruguai)
Clos Apalta (Chile)
Champagne Taittinger (França)
Champagne Billecart Salmon (França)
Château Mercian Mariko Winery (Japão)
Château d’Yquem (França)
Bodegas RE (Chile)
Château Mouton Rothschild (França)
d’Arenberg (Austrália)
Viña Errázuriz (Chile)
GAJA (Itália)
Domaine Sigalas (Grécia)
Chateau Oumsiyat (Líbano)
Villa Melnik (Вила Мелник) (Bulgária)
Viña Casas del Bosque (Chile)
Vivanco Cultura de Vino (Espanha)
Familia Torres (Espanha)
Viu Manent (Chile)
Ruinart (França)
Domaine Marcel Deiss (França)
KRSMA Estates (Índia)
Stag’s Leap Wine Cellars (Estados Unidos)
Château Heritage (Líbano)
Quinta do Noval (Portugal)
Trapiche (Argentina)

Os melhores passeios de Alter do Chão, no Pará

Ponta do Cururu, Canal do Jari, Pindobal, Ilha do Amor, Floresta Encantada – é um melhor que o outro. E ainda tem o tremor do jambu

 

Escolha a palavra para definir este pôr-do-sol na ponta do Cururu

Alter é conhecida como o “Caribe amazônico”. Mas quem vai esperando água azul turquesa, jamais irá encontrar. Afinal, estamos falando de Amazônia e não existem praias dessa tonalidade por lá. A alcunha surgiu de uma reportagem de 2009 no jornal inglês The Guardian que pinçou 10 praias top no Brasil e Alter foi uma das eleitas. Segundo a matéria, o destino era a “resposta da selva ao Caribe”. Pronto, estava criado o bordão que colou e é repetido sem parar. Mesmo que não seja pela cor das águas que o local leve a fama, a ideia de paraíso cabe como uma luva. Paraíso, diga-se, inconfundivelmente brasileiro: o “mar” que banha as praias é o delicioso rio Tapajós, que surge escoltado por densas florestas.

O caminho até lá requer um voo de Belém até Santarém. No aeroporto aluguei um carro e foi um investimento que valeu a pena: tanto o voo de ida quanto o volta eram de madrugada e paguei cerca de R$ 230 por três diárias (sem seguro, resolvi arriscar e não tive contratempos). Fiz a viagem de 30 km em 40 minutos. O táxi Santarém-Alter custa, em média, R$ 90. Para quem chega durante o dia, há ônibus por R$ 5.

Alter do Chão é um distrito do município de Santarém, com menos de 7 mil habitantes. A estrada que liga os dois destinos é impecável. A praça Sete de Setembro concentra o núcleo urbano e é de lá que saem as canoas para a Ilha do Amor e também os barcos motorizados que levam para outras praias e passeios. Em suma, é uma boa referência na hora de escolher uma hospedagem.

Eu fiquei na pousada Pedra do Sol, a apenas alguns quarteirões da praça. As acomodações são simples, como quase todas em Alter, com alguns “luxos”, como água quente no chuveiro, ar-condicionado e Netflix. Mas o diferencial, sem dúvida, foi a calorosa acolhida de Dari e Elon, donos da pousada. Ele resolveram muito a minha vida na hora de agendar os passeios, sem contar a simpatia.

Ao sabor do rio

Alter do Chão muda muito conforme o volume do rio. O período de seca (agosto a dezembro) é melhor para conhecer as praias. Outros roteiros, como a Floresta Encantada, são melhores na cheia.

O carro também me deu mais liberdade para visitar praias mais distantes. Enquanto a Ilha do Amor fica bem próxima e sua travessia custa R$ 5 para até quatro pessoas, o transporte para as outras praias envolve o transfer fluvial e a diária do condutor, o que faz com que os preços subam para algumas centenas de reais.

Por conta da pandemia, o preço de muitos passeios baixaram. Fiz o Canal do Jari por R$ 400 para um grupo de cinco pessoas, ou seja, R$ 80 por cabeça (antes custava pelo menos R$ 120). O tour, de barco, é um dos mais distantes. No caminho, pude ver o translúcido rio Tapajós se transformar no barrento Amazonas.

O roteiro permite incluir extras como o passeio da Vitória-Régia. Paramos em uma casa de ribeirinhos que nos receberam, ofereceram castanha sapucaia, que eu nunca tinha comido antes, e nos levaram até as plantas aquáticas (R$ 15 por pessoa). Diferentes famílias da região oferecem essa experiência, mas a mais famosa é Dona Dulce, a única que serve um pequeno buffet de comidas feitas a partir da planta (a vitória-régia é tóxica e, por isso, são poucas as pessoas que sabem usá-la na gastronomia). Porém, por conta da pandemia, ela ainda não havia retomado as atividades e se encontrava em isolamento social.

O passeio do Canal do Jari incluiu uma visita à praia Ponta de Pedras, que também é acessível de carro. Como fui ainda no início da época da seca do rio, o nível da água não era baixo o bastante para revelar as rochas pelas quais a praia é conhecida.

Por fim, o roteiro terminou na praia Ponta do Cururu, icônica pelo pôr-do-sol. A vista, de fato, é privilegiada, e a praia ficou pequena para a quantidade de pessoas que vinham a bordo de canoas e iates para assistir ao entardecer.



Só love, só love

A Ilha do Amor foi a praia que mais me encantou pela combinação imbatível: areia branca destacada pelo forte sol e a sensação de isolamento que só uma ilha traz. No entanto, aos fins de semana, especialmente aos domingos, vive cheia.

Mesmo sendo tão disputada, os preços não assustam. Na Barraca do Ray, um pirarucu empanado em farinha de tapioca, para duas pessoas, saiu por R$ 40. Vale também experimentar o charutinho (peixe pequeno frito que se come inteiro) e a isca de arraia. Mas há quem leve sua própria comida e pendure redes nas pequenas árvores que existem na extensão da areia.

Quando o movimento é maior, é possível alugar caiaques e se aventurar em boias de reboque puxadas por uma lancha – uma variação do banana boat.

Refúgio

A Praia de Pindobal, localizada a cerca de 10 km do centrinho de Alter, mesmo em um domingo agitado, mostrou-se tranquila. É possível acessá-la tanto pelo rio quanto pela estrada. Por ser mais extensa, não havia aglomeração. O pôr-do-sol não perde em nada para a Ponta do Cururu e o céu estrelado que surgiu depois foi inesquecível. Como a água é quentinha e não venta como na Ilha do Amor, dá pra ficar embaixo d’água até anoitecer.
 

Fim do dia na Praia de Pindobal

O grito do bugio

Um passeio com emoções fortes é assistir o nascer do sol na Serra da Piraoca, mais conhecida como “Serra da Piroca”, situada no final da Ilha do Amor. Para isso, é preciso agendar a travessia com um barqueiro para sair por volta das 5h da manhã (e combinar já a volta, ao redor das 8h).

Do início da trilha, que é bem sinalizada, até o topo leva cerca de uma hora e só é possível percorrê-la a pé. Há trechos muito íngremes, com pedregulhos e sem lugares onde se apoiar. Quase desisti duas vezes por medo de cair.

O breu total da ilha antes do amanhecer é assustador, principalmente pelos gritos de macacos bugio que ouvi em boa parte do percurso. Usei o celular como lanterna e, por via das dúvidas, coloquei música para que não se aproximassem. Ao chegar ao topo, o nascer do sol veio coroado por uma visão 360º. Caso madrugar não esteja em seus planos de férias, é possível conhecer a serra durante o dia – evite apenas o fim de tarde porque voltar no breu total não seria uma boa ideia.

 

Nascer do Sol na Serra da Piroca

Canoa pelo Tapajós

A Floresta Encantada é um dos passeios mais rápidos, baratos e recomendados. Trata-se de um trajeto de canoa que dura cerca de 40 minutos e navega sobre igapós, vegetação densa típica da Amazônia. O trajeto é como deve ser: bem lento e floresta adentro pelo Tapajós. Além das árvores altas que fizeram sombra providencial durante quase todo o percurso, a água transparente do rio permite ver a vegetação submersa.

Centrinho nervoso

Ao final de qualquer dia, não tem erro: a praça da cidade reúne um pouco de tudo. Normalmente, o local recebe rodas de carimbó. Para evitar aglomerações, elas não estavam acontecendo em agosto, mas ainda havia música ao vivo no local. As barraquinhas de comida trazem uma variedade de pratos paraenses. Na barraca da Dona Dió comi o melhor vatapá que já provei e ele vem com uma generosa concha de caldo de tucupi, folhas de jambu e camarão. Outra tentação é o quiosque da sorveteria Nido, que não fica muito atrás dos sorvetes da Cairu, em Belém – e hoje, quando quero lembrar de Alter, minha memória gustativa me remete para o delicioso sabor de castanha-do-Pará!

Viajar de avião na pandemia

Como se preparar para viajar de avião na pandemia

Nesses tempos A.V. (Antes da Vacina), mesmo os viajantes mais experimentados voltaram a ter medo de avião.

O motivo é claro: os meios de transporte são os únicos ambientes onde não vigoram os protocolos de distanciamento social.

Os aviões, pelo menos, levam uma vantagem com relação ao transporte urbano: os poderosos filtros HEPA e o sistema de refrigeração forçada são capazes de inativar o vírus da Covid.

Mas isso não evita que os passageiros estejam demasiadamente próximos uns dos outros -- de uma maneira que não seria permitida num restaurante ou salão de beleza.

Se você vai embarcar num avião, esteja preparado para o que vai encarar. É melhor não ter falsas ilusões.

As cias. aéreas estão vendendo o assento do meio, sim

Um voo com os assentos do meio vagos não tem como ser rentável. Voos com poucos passageiros têm sido cancelados e os passageiros realocados em outros horários. É raro um avião não decolar lotado.
Dentro do avião, o distanciamento social não é factível

O embarque e o desembarque podem ser ordeiros, mas o distanciamento de 1 metro e meio para quem está à sua frente na fila é uma impossibilidade. Mesmo se fosse possível, ao avançar pelo avião você passa rente aos colegas que já estão sentados no assento do corredor.

Como se preparar para voar

De todo modo, é possível, sim, diminuir o nível de paranoia. Se você precisa viajar de avião, siga estas recomendações:

Invista numa boa máscara

As máscaras modelo N95 (usadas por profissionais de saúde e marceneiros) têm filtragem de padrão hospitalar, oferecem excelente vedação e podem ser usadas por várias horas seguidas. Além disso, podem ser reutilizadas no vôo da volta, depois de 'descansar' em ambiente ventilado. Prefira marcas boas como 3m ou Camper.

Acrescente um óculos de ampla visão ou um face shield

Esta sobreproteção reforça o escudo contra os aerossóis emitidos pelos passageiros a seu lado. (Depois de passar seu óculos ou face shield no raio x, não se esqueça de higienizar a peça com álcool-gel.)
Ative a ventoinha acima do seu assento

Passe álcool gel com frequência nas mãos